terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
s e r o q u e s o u

uma foto na parede
fico em pé a olha-la
a luz entra na janela de um lado
permanece ás escuras do outro
no limbo da existência
onde estou eu afinal?
sinto presenças à minha roda
existo num mundo paralelo
onde me recrio a mim próprio
porque aqui ninguém me conhece
quem sou eu afinal?
se fecho os olhos vejo
se olho a volta sinto
de quem é isto afinal?
para cada um de nós tudo é diferente
qual o sentido de algo que nao tem sentido?
nao ter sentido?
ou apenas fingir parecer ter um sentido ou um proposito?
oiço melodias de longe
a uma distancia infinita
o corredor frio segura-me para não se esqueçer
para poder contar a história daquele alguém
a outro que por ali passe
em tudo e nada o tempo passa
mas não ali
ali o tempo espera
e olha nos olhos
para ter a certeza de que ele próprio existe
sentindo o pulsar das almas vivas
naquele corredor
o ar atravessa o corpo
e volta a atravessar
para moer e remoer as entranhas de todos os corpos que puder
estou vivo
é isso que me faz ficar aqui
o fervilhar do sangue nas veias
preciso de continuar a morrer
mais
mais fundo
mais profundamente
tenho de regressar a casa
sentir-me vulnerável
tirar as armaduras
nunca perfeito
apenas em equilibrio
para ser o que sou
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
e c o s
eleva o teu corpo
e deixa-o erguer-se.
não nascemos
para nos curvarmos:
pescoço dobrado,
peito encolhido,
acobardando-nos perante
o mundo.
Não!
ergue-te
para contar a história.
olha nos olhos
daqueles para quem falas
e toca-lhes no espirito.
de lá de dentro ouvirás
o eco de tudo o que disseres
porque estando vivos,
trazemos connosco
toda a musica da existência.
e deixa-o erguer-se.
não nascemos
para nos curvarmos:
pescoço dobrado,
peito encolhido,
acobardando-nos perante
o mundo.
Não!
ergue-te
para contar a história.
olha nos olhos
daqueles para quem falas
e toca-lhes no espirito.
de lá de dentro ouvirás
o eco de tudo o que disseres
porque estando vivos,
trazemos connosco
toda a musica da existência.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Samantha Smith (1972-1985)

Dear Mr. Andropov,
My name is Samantha Smith. I am ten years old. Congratulations on your new job. I have been worrying about Russia and the United States getting into a nuclear war. Are you going to vote to have a war or not? If you aren't please tell me how you are going to help to not have a war. This question you do not have to answer, but I would like to know why you want to conquer the world or at least our country. God made the world for us to live together in peace and not to fight.
Sincerely,
"Samantha Smith"
1982: Samantha escreve ao actual secretário geral do partido comunista russo. Está preocupada. A realidade a que está sensível não faz sentido. É uma folha de papel que diminuirá o frio da guerra? Teve resposta, talvez tenha ajudado. Se estivesse viva teria hoje 37 anos, filhos, talvez a mesma honestidade e preocupação... Porque os pequeninos estão mais perto do chão e Samantha foi pequenina para sempre...
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