segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

l u z n a e s c u r i d ã o

as palavras vãs
definem, inúteis,
o imponderável.

o silêncio faz soar fundo
na alma
palavras mudas.

quantas palavras
são necessárias
para dizer o óbvio?

sussurrando,
me segreda o riacho:
"tudo passará!"

uma folha cai.
em seu lugar,
ausência terna saudade...

noite sem luar
lá, um negro silêncio
aqui, mudo sonhar.

e o tempo escorrendo entre meus dedos.
a brisa murmura palavras de amor
eu, simples ouvinte

dez mil coisas no
seu rosto reflectidas
poça de água

reflexo de mim
no espelho, um rosto
na mente, ninguém

nascer, renascer, que importa?
agora, eu sou
eis tudo

amor e luz
bruno

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