terça-feira, 21 de agosto de 2007

e m s i l e n c i o . . .


as arvores não gritam.
elas não gostam de gritar
elas preferem ficar caladas.
muita gente pensa que as arvores não falam
mas elas falam
e mais importante
elas escutam
e quando pensamos que elas não falam
é nesse momento que elas escutam e olham
e ficam a observar-nos como uma mae ou um pai
que observa o seu filho crescer...

o água não grita
ela não gosta de gritar
ela prefere sussurar
ela prefere cantar
ela prefere brincar
correr até voltar ao inicio
quando volta, já não a conhecemos
mas ela reconhece-nos
e em silencio
ela observa-nos, sem nos julgar
e sussura sempre "até já"...

o vento não grita
ele não gosta muito de gritar
por vezes incomoda-se
porque sempre que viaja
ele vai sempre a cantar
mas encontra sempre coisas no seu caminho
que o interrompem
e por boa educação
ele pede sempre licença
a todas as coisas que toca
porque ele conhece os costumes de todos
os sitios por onde passa
por vezes o vento não tem pressa
e interrompe a viagem
para ficar a cantar com os seus amigos.

a terra não grita
ela gosta de gritar
mas aprendeu que se gritar
sente-se mal
e então para manter a calma
ela fica calada
prefere ouvir e olhar
e acarinhar tudo o que a rodeia
todos dizem que ela
não tem sentimentos
mas ela sabe...
...que os sentimentos são dela
e gosta de os ter.
por isso partilha toda a sua vida
com a vida que dela nasce...

os homens gritam
eles preferem gritar
sabem que se o fizerem
todos o ouvirão
os homens tem sentimentos
muitos sentimentos
todos os sentimentos
eles sabem que nada a sua volta
é igual a eles...
tudo é inferior
por isso gritam
e comandam o mundo
ao seu próprio ritmo

mas enquanto grita...
não ouve
não vê
não encontra
e cria a sua própria aprendizagem
com as suas próprias regras...

sábado, 18 de agosto de 2007

l i b e r d a d e s e a f i n s




"Eu sou Um."
"Todos somos Um."
"Então, Eu sou Todos."

Partindo deste silogismo, depois de olhar a minha volta a respirar fundo, penso sobre a questão da liberdade.

"A liberdade é uma noção que designa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano."

Significa que um ser humano desde que nasce tem o direito de ser "LIVRE", de não estar submisso, de não ser escravizado e de não ser pré-determinado a nada... assim se aplica a todos os seres vivos...

A questão que se coloca a seguir é...: "Então e para que é que isto serve...!?"

Alguém com paciência e sapiência diria que este estado serve para que deste modo possamos escolher...

Mas a questão é: "Escolher o que...!? Como...!?"

E após ter experienciado e sentido acções quotidianas, me deparo com uma das mais "problemáticas questões" do ser humano...:

"Se ser livre é ser independente, não ser submetido a regras e não ser pré-destinado por algúem... como podemos aprender a escolher!?"

Se uma pessoa independente, não submissa e não prédestinada, nunca teve um guia ou um mestre que distinguisse os prós/contras das suas escolhas, será que tem alguma capacidade moral para escolher...!?

Será que "Escolha" tem alguma ligação com "Moral"...!? Só quem tem moral pode escolher...!?

Será que "Moral" tem a ver com "Liberdade"...!? Só quem é livre tem uma conduta moral positiva...!?

Nada disto me interessa, porque nada disto faz sentido...
Pelo menos aos meus sentidos...

Os conceitos de Liberdade, Moral, Escolha e Educação, são conceitos criados pelo homem...

Por isso, em relação a cada um destes conceitos, cada um tem uma resposta conforme a sua Experiencia...

Esse sim o verdadeiro caminho...

amor e luz
bruno